Detalhe da capa da edição do livro na famosa Coleção Saraiva Iaiá Garcia foi o quarto romance de Machado de Assis, publicado em 1878, o último de sua fase romântica. Foi originalmente publicado em folhetins no jornal O Cruzeiro. A trama se passa no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, durante as últimas décadas do segundo reinado. No enredo, ocupa um lugar de destaque a Guerra do Paraguai, maior conflito armado entre nações da América-Latina, no qual se envolveu o Brasil. Machado utiliza-se da aceitação do romance para fazer suaves – ou nem tão suaves – críticas ao conflito bélico que fortaleceu o exército brasileiro. Personagens - Luís Garcia - funcionário público, viúvo. "Não era frade, mas queria como eles a solidão e o sossego” (Cáp. I). - Lina (Iaiá Garcia) – A flor do romance, filha de Luís Garcia, menina travessa; possuía os movimentos súbitos e incoerentes da andorinha e a boca desabrochava facilmente em riso (Cáp. I). - Valéria Gomes - viúva de um desembarg
Thales Pan Chacon e Luciana Braga em Helena (TV Manchete, 1987) Helena, o terceiro romance de Machado de Assis, lançado em 1876, foi para a crítica, uma escapada do autor ao seu estilo próprio, que vinha sendo formado, para mergulhar no romantismo clássico e apreciado pelo público. Eu, porém, que aprecio o que foge às definições, tive mais prazer em ler este romance que seus precedentes Ressurreição e A Mão e a Luva. A história é extremamente familiar e apresenta problemas que, numa primeira visão, parecem relativamente comuns às famílias de então e de agora, não fosse pelo desenrolar da trama. Seus personagens, tão cativantes como comuns, nos preparam o tabuleiro para o jogo das relações: - O Conselheiro , defunto de porta do romance, cuja morte é causa primeira do progressivo prazer do leitor. - Sua irmã, Dona Úrsula , que "era eminentemente severa a respeito de costumes" (Cáp. II). - Seu filho Estácio , que áspero consigo, sabia ser terno e mavioso com os outros (Cáp.